domingo, 18 de julho de 2010

ASSUNTOS PERTINENTES A PLANIFICAÇÃO DO TREINO


 ALGUNS QUADROS E GRÁFICOS QUE ACHO INTERESSANTE PARA O ENTENDIMENTO (PELO MENOS NA MINHA INTERPRETAÇÃO) DO PLANEJAMENTO / PERIODIZAÇÃO DA MODELAÇÃO SISTÊMICA:



ORGANIZAÇÃO FRACTAL DA DISTRIBUIÇÃO DAS DIMENSÕES NA PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO:


Fonte: José Guilherme Oliveira

 É interessante a proximidade que cada sessão tem com a semana, que por sua vez tem com o mês, que por sua vez tem com o ano. Podem haver alterações sem dúvida, por exemplo em semanas com dois jogos, existe até morfociclos pra isso, e também deve-se levar em conta o mais importante na minha opinião, que é o feeling dos profissionais envolvidos com a preparação, isso é uma das coisas que me faz não acreditar em macrociclos e mesociclos, a não ser pelo fato organizador dos jogos e competições, mas acho irrelevante para o lado fisiológico do treinamento, dificilmente saberei quem estará lesionado, se esteramos ainda ou não na competição, ou se haverá jogadores vendidos ou adquiridos, então, pra mim é um pouco dificil de entender um planejamento que visa determinado tipo de situação, 3 ou 5 meses depois. Por isso acho interessante a criação de um Morfociclo padrão. Mas é apenas uma ideia, sem a menor pretensão de ser certa ou errada.


CARÁTER PURAMENTE ORGANIZACIONAL DE UM MACROCICLO


Fonte: Luis Esteves

Este meu macrociclo não influencia absolutamente em nada no treino semanal, a não ser em caso de semanas em que haja dois jogos na semana, ou no fim de semana. No mais todas as semanas tem caracteristicas fisiológicas iguais, mudando só a propensão dos princípios, de acordo com a avaliação do jogo anterior e do próximo jogo.

MACROCICLO COM DIFERENTES TIPOS DE INTERVENÇÃO FISIOLÓGICA ATRAVÉS DE MICROCICLOS ESPECÍFICAMENTE PLANEJADOS - TREINO INTEGRADO OU CONVENCIONAL


Fonte: Desconhecida

Exemplo interessante de um macrociclo que visa diferentes tipos de microciclo para o desenvolvimento da equipe no ano, nota-se uma preocupação em determinados picos sub-máximos, e depois a manutenção dos mesmos attravés de outros tipos de microciclos. Ou seja, nesse tipo de pensamento há uma variação de aquisição física, porém o contexto tático assume um segundo plano e todo o planejamento é feito pela aquisição e recuperação da condição fisica.

MORFOCICLO PADRÃO - LOUIS VAN GAL
Fonte: Bruno Gaiteiro

Não tenho certeza, mas acredito que seja do Van Gal quando esteve com o Mourinho no FC Barcelona. O morfociclo sistematiza os assuntos da semana de acordo com as ideias do treinador.

MORFOCICLO SEMANAL - JOSÉ MOURINHO
Fonte: Bruno Gaiteiro

O morfociclo do Mourinho neste caso, no Benfica, assume um corpo diferente do que ele usava com o Van Gal no Barcelona. É importante não ficar apenas copiando e reproduzindo as cópias, deve-se sim analisar e trazer para a realidade o que pode ajudar no planejamento.

MORFOCICLO - MOURINHO / FRADE


Fonte: Marisa Gomes

 Morfociclo clássico citado no livro Porquê tantas vitórias e O Desenvolvimento do Jogar segundo a Periodização Tática.

Neste caso granha-se uma preocupação com as relação de aquisição/recuperação das dimensões tática e fisica do Modelo de Jogo.

MORFOCICLO PADRÃO - LUIS ESTEVES


Fonte: Luis Esteves

Neste morfociclo organizo a semana de treino. Também uso outros as vezes mais práticos.


GRÁFICO PARA  ENTENDIMENTO PEDAGÓGICO DA PROPENSÃO DE CADA TIPO DE CONTRAÇÃO - DIMENSÃO FÍSICA SUBJUGADA AO MODELO DE JOGO COMO ORGANIZADOR DO TIPO DE JOGO QUE SE PRETENDE

Fonte: Luis Esteves

 É da propensão dos exercícios gerar mais ou menos contrações, seguindo a ideia da tensão, duração e velocidade.

Exercícios mais tensos tendem a gerar mais contrações excêntricas, em que haja uma participação constante com muitas mudanças de direção e travagens, tipo exercícios 2x2, 3x3, 4x4, 5x5, 6x6, 6x3, etc...neste caso para haver essa maior participação, o campo é reduzido tornando a propensão maior, neste tipo de contração a resistência muscular é mais exigida (FC cardíaca alta, quase no limite fisiológico, porém com tempos bem curtos), e a resistência a fadiga fisiológica também, mentalmente a fadiga é alta. A recuperação neste dia é frequente dentro do treino, chamado normalmente de descontínuo pelas diversas pausas de recuperação que deve haver para voltar a fazer determinado exercício com qualidade. Sabemos que a fadiga metabólica gera determinados constrangimentos fisiológicos, que levam normalmente ao erro. A adaptação do treinamento esécífico a um modelo de jogo eleva o condicionamento fisiológico ao limite que os princípios exigem, ou seja, acidose muscular, níveis de absorção de oxigênio, capacidades aeróbias e anaeróbias, FC cardíaca e tempo de recuperação maior ou menor ao estímulo fisiológico,  serão moldados pela exigência dos princípios, daí a especificidade do treino em relação ao Modelo, e não em relação a médias fisicas. Os tempos de recuperação variam, mas normalmente ficam entre 2 ou 3 vezes o tempo de estimulação, que neste dia assume tempos em média de 1 à 3 , pela intensidade fisiológica que proporciona (levando em conta que falo dos exercícios que eu utilizo para o meu modelo de jogo, ou seja, especificamente para outros modelos esta regra pode não valer, porém sabemos que os fenômenos metabólicos são comuns a todos os organismos). Neste dia existe uma valorização do metabilismo lático pelo caráter dos exercícios que normalmente se utiliza.

Em caso de duração de contração, normalmente ocorrem em exercícios com campos grandes, cerca de meio campo, 2/3 do campo ou o campo todo. Neste tipo de exercício a capacidade pulmonar e cadíaca (FC menor do que quarta-feira, porém com tempos maiores )  do jogador é mais exigida, através de deslocamentos maiores, possibilitando assim uma maior resistência a determinado princípio. Os tempos desse tipo de exercícios são acima de 5 minutos e não passando de 20 minutos, tem um caráter mais aeróbio fisiologicamente falando, diferentemente de quarta-feira. A contração é mais lenta e contínua pois as mudanças de direção são menores e a ciclicidade de movimentos aumenta, porém não se torna cíclico, e a fonte metabólica valorizada e a do glicogênio muscular.

Quanto a velocidade de contração, é gerada através de movimentos curtos, com base metabólica relacionada ao ATP e CP Muscular, os exercícios são de baixo tempo e de alta velocidade sem muitos constrangimentos que levem a mudanças e saltos. Exercícios com maior propensão a tempos de 5 a 20 segundos, as vezes uso exercícios setoriais de 1 minuto ou 1:30 de exposição a ações em velocidade máxima buscando determinado princípio. Fisiológicamente já passo da zona do ATP e CP e entro na zona do metabolismo lático, porém estes exercícios assumem uma característica de recuperação interna, ou seja, o jogador faz determinada ação de poucos segundos, 2 ou 5 e baixa para uma ação recuperativa lenta em meio ao próprio exercício, para logo em seguida fazer outra ação parecida, ou seja, mesmo que esteja em 1 ou 2 minutos de estimulação, a participação dele exige em sua maior parte uma estimulação curta de velocidade. Este dia é bem pausado também, mas menos que quarta, pois quarta a fadiga é muito superior fisiologicamente, principalmente por causa do metabolismo anaerónio lático, gerador de boa parte da fadiga muscular juntamente com os danos das foibras causados pela ação excêntrica.

A recuperação fisiológica é bem simples e de fácil visualização. É bem claro os sinais de cansaço fisico, inclusive clubes de ponta possuem mecanismos de verificação fisiológica que permitem avaliar na corrente sanguínea e em outros fluidos a condição física dos jogadores, aumentando ou diminuindo a recuperação de acordo individual, porém eu acredito que este fator é secundário, pelo simples motivo de que a recuperação física é muito mais rápida do que a recuperação mental. Normalmente um jogador de categoria de base, quando joga no domingo, esta recuperado na terça fisicamente, pois a intensidade dos jogos é menor e o organismo tem uma capacidade de regeneração maior, sendo que em média os jogos tem cerca de 20 a 35 minutos (sub-10 até Sub-15) já em categorias maiores, de Junior a profissional, o mais cumum é que em caso de jogos no domingo, os jogadores fisicamente estejam recuperados na quarta-feira ou até mesmo na quinta-feira, dependendo do desgaste do jogo e das situações ambientais que o jogo proporcionou.

Esta perspectiva esta totalmente ligada ao desgaste emocional, que irei falar abaixo.

GRÁFICO PURAMENTE PEDAGÓGICO DO DESGASTE EMOCIONAL QUE O MORFOCICLO PODE PROPORCIONAR VISANDO A RELAÇÃO AQUISIÇÃO / RECUPERAÇÃO


Fonte: Luis Esteves

É interessante que a semana de treino exija um pico de complexidade semanal. Existem morfociclos de dois Picos, quando não há jogo no fim de semana por exemplo. Porém o normal é haver somente um , ou nenhum (caso tenha jogo no meio da semana). Esta complexidade esta relacionada ao desgaste emocional que os princípios do modelo de jogo proporcionam aos jogadores em termos mentais durante os exercícios. Por exemplo:

Um sub-princípio é menos complexo do que um princípio, pois num princípio existe a preocupação com o princípio e também com o sub-princípio, portanto o grau de concentração aumenta de um para o outro. Normalmente os exercícios proporcionam dentro da sua propensão os fragmentos do modelo de jogo, de forma que cada dia da semana assuma mais ou menos complexidade.

Terça-Feira: Dia nada complexo, exercícios com preocupações individuais, gestuais e com baixíssima possibilidade de escolha em relação a tomada de decisão. São exercícios geradores de hábitos mais voltados aos sub-sub e sub princípios do modelo. Exercícios de poucas regras, sem oposição, e fisiologicamente pouco desgastantes (ações curtas).

Quarta-feira: Dia bem aquisitivo em relação a sub-princípios e princípios, porém não abusando dos princípios pois neste dia mentalmente o jogador ainda pode estar fadigado, porém em termos fisiológicos é o dia mais desgastante. Os princípios normalmente são vistos neste dia de forma setorizada ou intersetorizada, pelo menos eu faço assim. gero neste dia preocupações com os mecanismos de cada setor, ofensivamente e defensivamente. também normalmente neste dia treinamos mais a zona pressionante e a retirada da pressão, em grupos pequenos, com uma circulação de média diração, cerca de 5 passes no mínimo. Exercícios de oposição igual ou superior, com poucas regras e objetivos simples.

Quinta-feira: O dia mentalmente mais aquisitivo e desgastante, pois a recuperação mental já ocorreu e a presença do modelo é completa, os exercícios apresentam preocupação com todos os momentos do jogo e existe uma grande preocupação com a circulação, manutenção da posse, pressão e retirada da pressão e os sub-princípios relacionados a estes princípios, portanto a concentração é ampliada. Exercícios de superioridade, exemplo: 10 (protagonistas do exercício) contra 6 (Jogadores auxiliares) , elevando a graus diferentes conforma o aumento da complexidade. O professor José Guilherme coloca em um dos seus depoimentos que agora não vou conseguir lembrar, que uma de suas equipes assumiu um tipo de circulação tão qualificada, que para gerar um constrangimento a eles precisava fazer um treino 6 x 10, sendo que os 6 eram os protagonistas, ou seja, elevando assim a dificuldade e desgaste do exercício.

Sexta-Feira: Dia que reinicia a recuperação mental, equi os exercícios voltam a ter um caráter mais individual e setorial, e com baixa ou nenhuma oposição, buscando uma velocidade fisiológica e coletiva. E normal exercícios de alta superioridade valorizando como citei antes a Velocidade Complexa Coletiva, que considero a manifestação de todos os tipos de velocidade em contexto do modelo. É importante reduzir a capacidade de concentração, sem que a concentração baixe, ou seja, a concentração é máxima todos os dias, porém em alguns dias tem que se concentrar em coisas mais difíceis, e em outros dias tem que se concentrar em coisas mais fáceis, por mais ou menos tempo.

DOIS TIPOS DE FADIGA:



FADIGA DO SNC E SNP E NEUROENDÓCRINA (BOMPA, 2006)

Junções Neuromusculares – Impossibilidade de sustentar recrutamento muscular das UM;
Impossibilidade de transmissão e prolongação do Potencial de Ação;
Diminuição do potencial de Excitação (Contração) e Inibição (Relaxamento) do Músculo;
Diminuição ou interrupção de relação entre diferentes hormônios;
Diminuição de níveis hormonais;


FADIGA MUSCULAR – METABOLISMO (BOMPA, 2006)

Acúmulo de Íons Hidrogênio - inibindo enzimas PFK, LDH, Miosina-ATPase;
Depleção dos estoques de Glicogênio ↓ ATP;
Ruptura das fibras musculares 24 á 72 horas pós (FMT);
Avarias do tecido tendinoso;

CURIOSIDADE :

RECUPERAÇÃO FISIOLÓGICA / MUSCULAR= 1 À 3 DIAS
RECUPERAÇÃO MENTAL/EMOCIONAL= 3 À 7 DIAS
BOMPA – 2002 – Página 220

EXEMPLO DE OPERACIONALIZAÇÃO SEMANAL



Aqui temos um exemplo de uma operacionalização semanal, levando em conta o último jogo e o próximo jogo, isso leva a montagem da equipe e estratégia para a próxima partida.

PROBLEMATIZAÇÃO DO ADVERSÁRIO:

Comportamento Padrão em cada Fase:

Verificar o comportamento coletivo e individual de cada jogador, relacionar altura, nível de força, nível técnico, dinâmica e estabelecer um comparativo com cada jogador nosso que atuará na mesma zona (micro-confrontos)

Eliminar os Pontos Fortes:

Jogador chave nas transições, Jogador de construção, Jogador de finalização, Princípios Nucleares (Posse e Circulação, retirada da Pressão...).

Explorar os Pontos Fracos:

Lado fraco, jogador desequilibrado, jogador com cartão, jogador lesionado, jogador inexperiente...

Criação de estratégias:

Diferentes planos para possíveis resultados e alterações do adversário, nossa alterações e postura frente a diferentes situações.

O QUE SE DEVE TREINAR?

Padrões de Acção, individuais e colectivos(nas diferentes escalas) com o objectivo de criar um conjunto de referências decisionais para que os jogadores saibam o que fazer e possam ser criativos nas diferentes situações do jogo. O Processo de treino deve permitir que esses padrões de ação se transformem em HÁBITOS.

JOSÉ GUILHERME OLIVEIRA

COMO SE DEVE TREINAR?

Em Intensidade Máxima, pois o futebol é um jogo de intensidades máximas relativas, onde deve-se ser superior a inúmeros constrangimentos durante o tempo de jogo.

Portanto, não há lógica em treinar em baixas intensidades, se queremos adquirir HÁBITOS em alta intensidade, porém no(s) treino(s) a INTENSIDADE MÁXIMA é RELATIVA.

Cada dia tem uma INTENSIDADE MÁXIMA, esta intensidade não é física, porém traz por arrasto todas as dimensões, afim de adquirir determinado comportamento.



LOGO O TREINO RECLAMA UMA – INTENSIDADE MÁXIMA RELATIVA DE CONCENTRAÇÃO.



INTENSIDADE MÁXIMA RELATIVA DE CONCENTRAÇÃO:

INTENSIDADE MÁXIMA: PORQUÊ O HÁBITO ESTÁ INTERLIGADO A CONTINUIDADE DE HABITUAÇÃO, TODOS OS DIAS A INTENSIDADE DEVE SER MÁXIMA, NO LÍMITE MÁXIMO DA CONCENTRAÇÃO DO QUE SE QUER BUSCAR.

RELATIVA: PORQUE A INTENSIDADE DE TERÇA NÃO É A MESMA DE QUINTA, NEM SEXTA, PORÉM NÃO DEIXA DE SER MÁXIMA.

DE CONCENTRAÇÃO: QUANTO MAIS CONCENTRADO O JOGADOR SE ENCONTRAR, MAIS DENSA SERÁ SUA PARTICIPAÇÃO EM TERMOS DE TOMADAS DE DECISÃO, AÇÕES...MENOS ERROS.

MODELAÇÃO DOS EXERCÍCIOS:

Os exercícios devem estar relacionados com:
O Modelo de Jogo da equipa;
Os princípios, sub-princípios e sub-princípios dos sub-princípios;
Os diferentes momentos do jogo;
Organização estrutural e funcional da equipa;
O padrão semanal de esforço e de recuperação.

REGULADORES(?) DE COMPLEXIDADE NOS EXERCÍCIOS - O QUE FAZER NO AQUI E AGORA? COMO FAZER? COMO AVALIAR O QUE FOI FEITO ATRAVÉS DE UM MODELO DE JOGO?:
Princípios – Do Modelo de Jogo – O comportamento que se quer habituar...
Dinâmica – Objetivos do Exercício – Baseado na complexidade...
Tempo – Duração do Exercício – Baseado na Propensão...
Espaço – Distâncias do Exercício - Mais ou menos curtos, longos, largos...Propensão...
Oposição – Dificuldade do Exercício – Que emoções se quer gerar... Mais ou menos difícil de fazer...que marcadores irá gerar...
Regras – O que se quer retirar... O que não precisa... 

ADAPTADO DE JOSÉ GUILHERME OLIVEIRA
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Quanto as referências, mais adiante posto aqui.

Quanto as opiniões que cito, não tenho a pretensão de estar certo ou errado, apenas faço interpretações do que leio e realizo no dia à dia.

Grande abraço
Luis Esteves

8 comentários:

Braccini disse...

Prof. Luis Esteves,
Seu Blog deveria ser acessado por todos os profissionais do futebol, é muito minucioso e esclarecedor!
Parabéns!
Futebol – Paixão e Profissão
Abraços!
Treinador Braccini

Rui Bento disse...

So comecei a seguir o seu blog a pouco tempo mas aquilo que aqui coloca e muito bom nao perca a coragem de colocar aqui as suas ideias, um grande abraço.

Luis Esteves disse...

Obrigado professores
fico feliz que gostem e acompanhem este blog
grande abraço

Gilterlan disse...

Realmente um show! Melhor blog do país sobre futebol, sem dúvidas!!! Parabéns caro colega!!!

Anônimo disse...

Luis, muito bom o post... especialmente no que tange a união fisiológica-periodização! Que no Brasil muitas vezes é tão esquecida.
Quanto ao que dizes no ínicio sobre macro,micro e meso. Vale lembra que Matveev criou essas denominações para esportes individuais exclusivamente, onde as competições são mais bem definidas no calendário e utilizamos principalmente o macro e o meso para atingir o peak de desempenho na competição.
Não vejo sentido em utilizar as mesmas estruturas em temporadas de esportes coletivos (aonde muitas competições possuem fases classificatórias), a denominação podemos manter mas o sentido muda! Se é que me entendes, e acho que entende quando afirmas que utiliza macros e mesos apenas para dispor as competições.
Gilson

Anônimo disse...

oi professor luis esteves...

sendo aspirante a treinador de futebol, gostaria de saber quais são as bases e como estudá-las para depois poder compreender melhor os detalhes sobre alguns dos seus artigos, como este dos morfociclos...

obrigado pela ajuda e continue o excelente trabalho! tem aqui conhecimento muito valioso sobre futebol!

Luis Esteves disse...

Bom, primeiro agradeço novamente os comentários acima, fico feliz que de certa forma consiga ajudar as pessoas em assuntos que aqui são colocados, como gostaria de ser ajudado também.

Quanto ao anônimo, digo o seguinte:

- Teorias relacionadas a Ecologia, Complexidade e Caos, isso é fundamental para entender o porquê de certas coisas. O pensamento divisor objetivo que nós temos é uma raiz muito forte, e difícil de perder.

- Os conceitos e concepções de futebol - que tipos de jogos temos e que tipo de jogo queremos

- Os princípios metodológicos da periodização tática - início do processo de operacionalização, dá pra entender aqui o treino em sí

- O Modelo de Jogo, pra saber depois, com os princípios metodológicos, criar e buscar os princípios do modelo em cada exercício

Bom, não sei se isso é tudo, mas são os assuntos mais abrangentes que me vieram na cabeça agora, acho que é muito importante entender o conceito de complexidade, a influ~encia do ambiente nas pessoas, da adaptação a determinada cultura disso ou aquilo, o que gera, os tempos de cada coisa acontecerem por causa de diversas influ~encias que as vezes nem sabemos que existe, perder essa coisa cretina de querer controlar o que não pode ser controlado, o jogo de futebol é imprevisível, tudo pode acontecer, a unica coisa previsível é o tempo total, e as possibilidades de resultado, então o controle total não existe.

Acho que é isso. Um grande abraço e continue opinando.

Anônimo disse...

obrigado pela dica... eu já ando a ler e a estudar o paradigma da complexidade, e percebo o quão o pensamento divisor está enraizado em nós... admito que não o perdi, até porque não acontece da noite para o dia...

irei estudar depois o que voce referiu... se puder dar umas dicas de livros, blogs, sitios, etc. agradeço-lhe imenso...

P.S: desculpe o meu português sou de portugal e não do brasil de modo que é ligeiramente diferente...