sábado, 12 de fevereiro de 2011

CONVERSAS DE FUTEBOL - MANO MENEZES

 - Usted triunfa con Guardiola, pero antes lo hizo con Van Gaal, Serra Ferrer, Rijkaard?

-Eso sí, curtido ya estoy mucho. He debido de curtirme a la fuerza porque lo he pasado muy mal. A mí me hace gracia ahora que todo el mundo dice lo bien que va el Barça para el fútbo. Antes la película era al revés. Antes no servían los jugadores técnicos, los pequeños, decían que Andrés y yo no podíamos jugar juntos¿ ¿Dónde están quienes lo decían? No hay una tesis futbolística única o buena en la vida. Si una se acerca a la perfección, es la que defiende y propugna el Barça.

-La tesis es saber manejar el balón.

-Sí, claro. El fútbol es un juego de visualización y espacios, y quien lo intepreta mejor es mejor futbolista.

-Y tocarla.

-Evidentemente, no solo importa ser rápido. Si no, Usain Bolt se saldría. Se trata de interpretar la jugada, detectar dónde hay un espacio, dónde hay menos gente para colocar el balón. Y hacerlo en el momento justo, en carrera¿ Todas estas cuestiones son importantes y esto te lo enseñan aquí, en el Barça, en pocos sitios más.

Entrevista de Xavi Hernandez
El Periódico
07-12-2010
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CONVERSAS DE FUTEBOL
MANO MENEZES

 

Luiz Antônio Venker Menezes, o Mano Menezes.


Nasceu no dia 11 de junho de 1962, em Passo do Sobrado/RS. É formado em Educação Física, casado e tem uma filha. Sua vida no futebol começou como jogador e assumiu a posição de técnico em 1992, nas categorias de base de times gaúchos.

A estreia como treinador de times principais aconteceu em 1997 e em 2002 veio o primeiro título. Naquele ano, venceu com o Guarani de Venâncio Aires, clube do interior do Rio Grande do Sul, o Campeonato Gaúcho*. E em 2004, à frente do XV de Novembro, chegou ao 3° lugar na Copa do Brasil, com uma campanha consagrada e que o levou ao comando do Caxias e, posteriormente, ao Grêmio.

No tricolor gaúcho fez história. Trouxe o time de volta à Série A do Campeonato Brasileiro em 2005, no jogo que ficou conhecido como a "batalha dos aflitos". Na ocasião, o Grêmio venceu o Náutico com apenas sete jogadores em campo.

No ano seguinte, conquistou o título do Campeonato Gaúcho e alcançou o terceiro lugar no Campeonato Brasileiro, classificando o clube para a Copa Libertadores da América. Em 2007 levou o Grêmio ao bicampeonato gaúcho e à final da Libertadores.

Após uma trajetória de sucesso pelos clubes gaúchos, Mano Menezes aceitou um novo desafio na segunda divisão: levar o Corinthians de volta para a elite do futebol brasileiro. Para a alegria da fiel corinthiana, o resultado foi o esperado e a equipe tornou-se campeã da Série B do Campeonato Brasileiro de 2008, garantindo o seu retorno à Primeira Divisão. Em 2009 foram duas grandes conquistas, Campeão Paulista Invicto e Campeão da Copa do Brasil.

No dia 23 de julho de 2010, após liderar o Timão por 10 rodadas à frente do Campeonato Brasileiro, Mano foi convidado para comandar a Seleção Brasileira no projeto visando a Copa do Mundo de 2014. Em 24 de julho, seu nome foi confirmado como o novo técnico.

Fonte: http://www.manomenezes.com.br

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A algum tempo venho querendo colocar aqui esta entrevista realizada pela Universidade do Futebol, com o então treinador do SC Corinthians Mano Menezes. Achei muito interessante pois as respostas tem um carater bem simples, e muito condizente com a realidade principalmente de quem quer se inserir no futebol.



Aqui Mano fala sobre a entrada no futebol, principalmente quando não se tem a sombra de ter sido um jogador de alto nível. Neste caso a inserção é mais fácil, porém quando não se tem este histórico é necessário normalmente iniciar pela base e escalar todas as categorias até o profissional. Mano surgiu para o futebol não sendo jogador de alto nível, passou por escolinha, chegou ao Guaraní de Venâncio Aires e lá construiu um inicio da carreira competitiva. Muitos clubes hoje terceirizam suas equipes, para pais e professores/treinadores criarem bases quase autónomas dentro do clube, este é um caminho para iniciar, porém problema é que maior parte dos treinadores jovens não te rande cohecimento prático ou teórico, e pela necessidade de afirmação imediatamente buscam resultados, isso em categoias de 9 e 10 anos. Pela falta de noção e muitas vezes supervisão acabam literalmente iniciando um processo de deformação, que terá normalmente mais uns 4 ou 5 anos, sendo que na maior parte os atletas não são aproveitados pelo clube. Por isso acredito que a formação de treinadores precisa ser revista. Formando bons treinadores, consequentemente se formarão melhores jogadores, pois se na Universidade ou nos Cursos de formação de treinadores para a Base conseguirmos tirar a filosofia resultadista, e partirmos do princípio que o jogador precisa jogar, precisa aproveitar o jogo e todo o processo deste, sabe como jogar bem, e conseguir desfrutar disso, tenho certeza que se formarão mais jogadores de qualidade. Antigamente não haviam bases como hoje, nos tempos de Pelé, Rivellino, Maradona, a base deles era a rua, jogavam para ganhar também é claro, porém jogavam e como resultado disso ganhavam e essas vitórias, jogando, eram o combustível para jogar mais e acreditar mais ainda neste jogo. Só que hoje os treinadores, principalmente na base, mais atrapalham do que ajudam. É preciso formar melhor quem esta formando.

 


Aqui Mano fala sobre os comportamentos que acredita serem importantes a sua equipe, dentre eles tempo de transformação, adaptações a determinada estrutura, tempo para os jogadores acreditarem nisso, variações de estrutura, coisa fundamental na progressão da complexidade da estrutura, IDENTIFICAÇÃO DA CARACTERÍSTICA dos jogadores e adaptações a isso em relação ao contexto geral, tipos de exercício e me atrevo a dizer que Mano, ao exemplificar um exercício que utiliza, coloca um dos princípios da Descoberta Guiada, mais ressaltada por José Mourinho como seu método de ensino. Já dizia o Frade falando sobre propensão, devemos criar contextos e não comportamentos. Também importe a colcação do objetivo do trabalho, de forma clara e objetiva.
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Aqui Mano fala de especificidade em termos metodológicos, da adaptação do atletismo e da preparação militar que o futebol gerou através dos anos, pré-temporada com preocupações voltadas ao jogo, evoluções relacionadas ao reconhecimento da dimensão física não como topo da organização, mas como pilar fundamental para a mesma. fala também sobre a questão das lesões, da sobrecarga e das possíveis evoluções neste sentido.


Mano fala sobre o acesso a informação dos treinadores, seleção das informações, discussões sobre temas relacionados ao jogo com profissionais da área.
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Mano fala sobre o Midia Training, construção de imagem, imprensa, reciclagens profissionais, competitividade do mercado no futebol, transmissão de imagem, confiança, relacionamentos, exposição á mídia, variáveis fundamentais para um profissional do futebol de alto nível.
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O treinador fala sobre a complexidade dos exercícios e os exercícios analíticos, a tomada de decisão, a utilização de exercícios que promovam a tomada de decisão, a autonomia do jogador em momentos imprevistos do jogo, a possibilidade de lidar com os problemas que surgem no momento do jogo.
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Mano fala sobre a relação da base com o profissional. É necessário haver uma relação íntima entre o dois, porém para haver um bom aproveitamento é necessário que todos falem a mesma língua. O que ocorre é que na base todos falam Inglês, e quando chegam ao profissional estão todos falando italiano, ai fica difícil chegar e jogar bem, é necessário uma readaptação morfológica. É preciso falar a mesma lingua, portanto é necessário ter cuidado com quem irá se colocar no topo, não é a toa que o Guardiola foi colocado como treinador do FC Barcelona.
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Dá um computador para um jogador montar, e ele será burro, dá uma bola para um técnico em informática jogar, e ele será burro também.

São os treinadores que colocam coleiras nos jogadores e retiram a possibilidade de escolha e raciocínio autónomo, a falta de capacidade decisional dos nossos jogadores é nada mais do que resultado de um processo que mais parece uma máquina de xerox do que uma formação de equipe.


Foi daqui que copiei a ideia deste tipo de postagem, deculpe Mano a minha falta de personalidade.
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Aqui são colocados pontos importantes: trazer informações copiadas sem reflexão. Penso que que só é importante, e quando falamos de Periodização Tática, e o maior crime é dizer que nesta metodologia a dimensão física não tem importância, por isso é necessário fazer uma reflexão, a dimensão física por só só não existe em separado, assim como praticamente qualquer sistema vivo não existe em separado, necessita de relações, e a forma como este sistema se hierarquiza define a sua especificidade ou seja, num jogo de futebol é possível sim fazer com que a dimensão física seja o topo, porém a partir dai nascerá um tipo de sistema, mas é impossível retirar mesmo nessa linha de pensamento a dimensão tática, ou não valoriza-la principalmente em níveis competitivos, da mesma forma é a dimensão física na Periodização Tática, é só uma questão de hierarquia e de adaptações morfológicas a determinados contextos. 
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Mano fala da importação de conhecimento relacionado a metodologia do treino no futebol.
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Aqui é colocada a questão do coordenador técnico, gerente, supervisor etc.., fala sobre a falsa imagem que se apresenta desta figura pessoalmente eu acredito que esta figura nasce automaticamente quando se define um caminho geral, um ideia de jogo. Coloca também que o Diretor Executivo é um caminho , porém ainda pouco solidificado no futebol brasileiro, um exemplo é Rodrigo Caetano.
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Mano fala sobre a precocidade da utilização de jogadores da base no profissional, fruto da saída de atletas para a europa, o que reduz o nível técnico das competições nacionais.   


Aqui Mano fala sobre a gestão dos profissionais, objetivos pessoais, qualificação de grupo, montagem de grupo, rotatividade, o espírito de grupo, atribuição de funções e papeis dentro do grupo, alguns coadjuvantes e outros protagonistas.
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Mano fala sobre a base do SC Corinthians, as dificuldades costumeiras da base brasileira. Reuniões entre treinadores, relação de treinos, conhecimento dos jogadores que compõem a base através de observação de treinos.
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Mano Menezes fala sobre a utilização do Psicólogo no futebol, o fator da desconfiança do jogador na relação entre jogador-treinador. também cita o momento em q acredita se is eficaz a participação do psicólogo.


Aqui Mano fala sobre o tempo que os treinadores tem com determinada equipe. Aqui percebo uma das coisas que Vitor Frade fala sobre o tempo, o tempo que se tem para treinar o fundamental, Mano fala da formação coletiva e individual, quando pensamos nisso, se reflertirmos bem, no final chegaremos a conclusão que o professor Frade chegou a anos atrás quando desenvolveu essa metodologia, é uma questão de lógica.
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Aqui Mano fala sobre a coerência do treino, a utilização da explicação do treino, a utilização do exercício como fonte de ensino do jogo.
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Mano fala da integração de áreas no futebol. O futebol como jogo contém todas a áreas, isso é inseparável, porém, podemos ver o jogo de diferentes dimensões, por exemplo, Bioquímica, Fisiologia, Neurociencias Anatomia, Cinesiologia, e com certeza todas estas áreas tem contribuição porém só tem validade se estiverem inseridas dentro do jogo essa é a questão, fora do contexto são materias mortas.


Mano fala sobre plano de carreira,observação de outros profissionais e sobre estipulação de metas.
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Ao final o agradecimento do professor João Paulo Medina. Notamos que esta entrevista, do atual treinador da seleção brasileira é bem simples, Mano dificilmente utiliza termos acadêmicos complexos, procura sempre uma tradução para uma linguagem simples. Em conversa recente com o professor Cristiam de Souza, estivemos falando sobre isso, sobre como a questão metodológica vem atrapalhando em parte a compreensão dos próprios treinadores e principalmente dos jogadores, sem falar na imprensa ai e lembro de uma citação do professor Thiago Duarte no seu artigo que a algumas semanas publiquei aqui em que citava as muitas personalidades que o Iniesta tinha que ter, uma no clube, outra e casa, outra com os amigos, porém todas fractais de uma personalidade maior, a do Iniesta e assim acredito que também devemos ser, temos que ter cuidado na forma como falamos aos jogadores, é diferente da forma como falamos com a comissão por exemplo, afinal procurem uma entrevista do José Mourinho falando em linguagem do tipo: Meus jogadores em posse estavam todos fechados no espaço interior no segundo terço do campo.Cuidado.  


Grande Abraço
Luis Esteves


2 comentários:

Douglas Tajes Jr. (Juca) disse...

Muito boa essa reportagem mesmo! E a sua iniciativa de publicá-la na integra também! Forte abraço Professor e continue assim, com postagens de muito conteúdo.

Juca.

Unknown disse...

concordo com a relação de personalidade em fractais hora propenso a isso e hora aquilo de acordo com o contexto sendo influenciado e influenciando o mesmo, mas sempre respeitando a persona que de fato se é (estrutura global do sistema), contudo acredito que é necessário que os atletas se apropriem de alguns termos e conceitos (inerentes ao nosso modelo de jogo) no sentido de facilitar o nosso trabalho.